O torneio de 1974, disputado na Alemanha Ocidental, marcou o início de uma nova era na história das Copas. A taça Jules Rimet não estava mais em jogo, pois ficou em definitivo com o Brasil, primeiro tricampeão mundial.
Em seu lugar, entrou a Copa do Mundo Fifa, troféu de 37 centímetros de altura feito em ouro maciço. Além disso, a nova taça não iria definitivamente para nenhum país. O campeão do mundo ficaria com o troféu por quatro anos, até o torneio seguinte, e depois receberia uma réplica menor.
A segunda mudança foi no comando da festa. Essa foi a primeira Copa com o brasileiro João Havelange presidindo a Fifa - o primeiro não-europeu a assumir o cargo máximo da entidade.
Mas foi dentro dos gramados que aconteceu a terceira e principal mudança. A Holanda, que não disputava uma Copa havia 36 anos (penúltimo lugar em 1938), ressurgiu com uma geração genial de jogadores e uma forma inovadora de jogar futebol.
A equipe holandesa ficou conhecida como a "Laranja Mecânica", em razão da cor de seu uniforme e da constante movimentação de seus atletas. O esquema idealizado pelo técnico Rinus Michels e comandado em campo pelo craque Johan Cruyff surpreendeu os adversários ainda presos às táticas tradicionais.
O "futebol total" eliminou o Brasil, então atual campeão, mas parou na grande final diante do futebol objetivo dos anfitriões. A Alemanha Ocidental tinha um elenco respeitável, com craques como o goleiro Wolfgang Overath e os atacantes Gerd Müller e Wolfgang Overath, todos regidos pelo "kaiser" Franz Beckenbauer.
A decisão colocou os donos da casa, que buscavam seu segundo título (vencera em 1954), contra os originais e imprevisíveis holandeses. Os visitantes ainda saíram na frente, mas prevaleceu a força e a tradição da Alemanha Ocidental, que venceu por 2 a 1 e conquistou o bicampeonato.
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